14 de fevereiro de 2010

 O mesmo

Querer depois?
Não, posso querer agora
Eu lambo pra ver se o gosto é o mesmo
Eu sinto medo mas deixo ocorrer a transição
As coisas malucas vão acontecendo
Parece piração?
Eu sou assim

O piano chama
A mim pertence a nota mais suja que incomodar
Ouve um tempo em que a história era outra
A minha fome grita por um pedaço de carne
Eu vou morrer?
Eu sou assim

Definição para minha loucura:
Ruídos transcedem
E eu já me deito aqui
Passe a mão em minha pele
E respire de um jeito estranho
Não é amor
Não é doença
É só uma indiferença

Pare de movimentar meu mundo
Eu não quero sair daqui
Pare de controlar meu mundo
Eu resisto e quero morrer aqui

2 de fevereiro de 2010

Horrores de morte

O tudo bem encontra o adeus
Chorar e sorrir
Minha canção vai nascer de um lugar que existe
Não é apenas matar, casar
E muito menos fugir
Apenas eu me revolto
Dinheiro, o que vou abrir?
É impate

Se não fosse essa casa
Aonde eu posso cair?
Transar, fumar e amar
Cantar e me resumir?
Pentear, beber e jogar
O que eu posso exigir?
Dispenso opiniões
Não vou pedir pra aplaudir
Desempate

O que mais vou praguejar?
Com quem eu posso sair?
Aquele homem arrasta o fogo que para em mim
Disse: não vou me matar
Disse que não vou fugir
Chame um padre

Vejo a mulher descalça
Ela que pode unir
Unir o que é de graça
Pra mim usar e assistir
Vejo a outra que chega
Sem ao menos existir
Chega também é de graça
Pra me roubar e exigir
Exige o que já é dela
Pra mim já ''sai daqui''
E minha cara sem graça
Agora o que vou punir?
  Senhor, me dê a resposta
E me faça resistir

Desempate
Desempate
É impate?
Chame um padre
Golpe Certo

Pra que curtir mais amores
Se agora o que vale é ser aceita?
Um ruído e gemendo escondido
Quem vai conseguir suportar?

O frio tá ficando chato
E a chuva que vem
Só pra mim não poder descer
Digo pra você:
Me aguarde
Eu escondo o dia fatal

Não quero, levanto
Toda vez eu sirvo a casa
Já chega
Eu só quero acertar

O que mais pra isso dar certo?
Sempre indo e vindo
E a coragem para debater?
Eu ouço e me encorajo
Vou além do que possa pensar

Então grite o meu nome bem alto
Está livre, erga as mãos
Vale a pena eu poder notar
O trabalho é individual
E a nota é a origem final

Não quero, levanto
Toda vez eu sirvo a casa
Já chega
Vim aqui pra acertar


Não quero, levanto
Toda vez eu sirvo a casa
Já chega
O principal é acertar